dos achados no baú: 2006
É engraçado porque, mesmo estando feliz com ela, é em você que eu penso nos dias de chuva. Engraçado, não. Estranho, na verdade. Como posso estar feliz com alguém, mas pensando em outra pessoa? Talvez seja uma falsa felicidade, não é? Creio que essa seria sua resposta para toda a situação que se passa. Engraçado, na verdade, é o jeito que você consegue lidar com as situações.
Acordo todos os dias com a mesa posta. Ela sai mais cedo para o trabalho e deixa esse presente todas as manhãs antes que eu acorde. Eu sou feliz desse jeito. Mas acontece que quando eu sento para tomar café, é a sua presença que eu queria ter ali do meu lado. Chegando da corrida matinal, suando, ofegante e às pressas para não se atrasar para o trabalho.
Ela gosta de participar de todas as minhas atividades. Ouve minha música, lê minhas palavras e sente o gosto das minhas aventuras gastronômicas. Mas eu só os ofereço a ela depois que já experimentei. Depois de ler, reler e reler. Porque a única pessoa para a qual eu entregaria um rascunho seria você. Os outros não tem a coragem que você tem de me dizer a verdade mais dolorosa quando necessário.
Só que existe uma coisa muito dolorosa além disso tudo. Eu tenho um filho, agora. Ele tem a mesma idade que a sua partida. A mesma idade que o meu abandono. E ela é a mãe dele. É ela quem cuida, quem dá amor, quem faz da vida dele a mais feliz junto comigo. E o mais doloroso é viver tudo isso pensando que eu deveria estar vivendo com você. E assim eu continuo preso à distância de alguém que eu nem sei onde está.
Acordo todos os dias com a mesa posta. Ela sai mais cedo para o trabalho e deixa esse presente todas as manhãs antes que eu acorde. Eu sou feliz desse jeito. Mas acontece que quando eu sento para tomar café, é a sua presença que eu queria ter ali do meu lado. Chegando da corrida matinal, suando, ofegante e às pressas para não se atrasar para o trabalho.
Ela gosta de participar de todas as minhas atividades. Ouve minha música, lê minhas palavras e sente o gosto das minhas aventuras gastronômicas. Mas eu só os ofereço a ela depois que já experimentei. Depois de ler, reler e reler. Porque a única pessoa para a qual eu entregaria um rascunho seria você. Os outros não tem a coragem que você tem de me dizer a verdade mais dolorosa quando necessário.
Só que existe uma coisa muito dolorosa além disso tudo. Eu tenho um filho, agora. Ele tem a mesma idade que a sua partida. A mesma idade que o meu abandono. E ela é a mãe dele. É ela quem cuida, quem dá amor, quem faz da vida dele a mais feliz junto comigo. E o mais doloroso é viver tudo isso pensando que eu deveria estar vivendo com você. E assim eu continuo preso à distância de alguém que eu nem sei onde está.
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