Tuesday, September 13, 2011

mix sentimental

a primeira parte do dia me trouxe agonia. telefonemas me acordando e me fazendo lembrar detalhadamente do que estava sonhando anteriormente. sonho bom. sonho com respostas para muitas das minhas perguntas e questionamentos, creio eu. sonho com meu imaginário à flor da pele e dos sentimentos. uma certa ansiedade. uma certa expectativa. uma certa resolução de coisas mal resolvidas. mas, era um sonho. a realidade é um pouco diferente.

a alegria que um perdão faz no seu dia. a alegria que alguém de longe de traz, assim, de repente. e te pega desprevenido. uma expectativa não correspondida. surpreendida. fui pego de surpresa pelas felicitações, pelos desejos de uma boa viagem, pelos abraços sinceros e carinhosos de tanta gente, do jeitinho que eu gosto de me sentir quando estou assim, tão perto de partir. e são só, a princípio, quinze dias. mas parece uma eternidade. ir à brasília é sempre uma eternidade. de não querer voltar nunca mais.

o recado mal dado, mas bem recebido. bem entendido. a consciência firme, mas o coração que acelera e entende cada palavra. cada palavra ali secreta, mas que o segredo eu conheço. e a esperança, a velha esperança que eu carrego comigo sempre. essa não há de morrer nunca. mas ser menos é impossível. já foi mais, já é mais e sempre será. mesmo que esse ainda não seja o momento. mas menos é impossível. e a saudade fica aqui dentro, guardadinha. porque o egoísmo permanece lutando contra. e, ainda nesse momento, é ele que prevalece.

e então a franqueza, o vem aqui que eu vou te explicar e a cara de espanto, de desespero, de revolta, de medo, de preocupação. uma face tão misturada de sentimentos que o traziam para uma serenidade fora do comum. pára de sentir culpa, você nunca me decepcionou. e a emoção, o choro, a cumplicidade de uma troca de eu te amo entre irmãos. um eu te amo que diz: não sai de mim não, não se perde de novo, eu estou aqui para o que der e vier, você é meu irmão mais novo. e, putaqueopariu, aquele abraço mais reconfortante de todos. lágrimas? lágrimas de felicidade: você está aqui, é o que importa.

antes de encerrar o dia, o último dia - por quinze dias - nessa cidade, o encontro. a troca de sorrisos. o falar demais que me é tão característico. e a sinceridade que lhe é tão característica. e de longe ela veio, e pra longe eu vou. e era necessário o encontro que, sabe-se lá quando vai acontecer. em apenas duas horas a calma, a tranquilidade, a paz daquela voz me acalentando o coração, elogiando minhas atitudes, colocando esse ser aqui tão pra cima quanto o céu. ela está, mas ela vai. e não sei se ainda nos encontramos. mas sei que, seja quando for, será que como se o dia de hoje fosse ontem. porque, eu já sei, com a gente é assim.

pra fechar, uma chuva, uma chuva do nada nessa madrugada. a velha chuva que eu espero nos momentos felizes, nos momentos tristes. mas hoje era um bom dia, hoje foi um bom dia, hoje eu trouxe muitas recordações, muitas declarações, muitas palavras sinceras. e a chuva, bem a chuva é o meu choro que tá preso e que Deus me deu de presente antes de partir. vou pra uma aventura, vou encarar muitas coisas nos próximos dias. mas o coração acalentado é o grande segredo de partir em paz. daqui a pouco eu volto. e tudo há de ser diferente. sim, Deus, eu estou confiando em você.

do lima e dos santos

estavam os dois sabe-se lá em que situação. só se sabia ser particular. ele aparentava seu tormento pois seus olhos inchados indicavam o choro que descera anteriormente pelo seu rosto. ela, não adiantava tentar esconder: a maquiagem borrada a transformava na pessoa frágil que não queria aparentar. já havia algumas horas que tinham sentado na última mesa do bar. um som ambiente, alguns rapazes sentados enchendo o saco do barman e eles dois buscando explicações para o que quer que tivesse acontecido horas antes. cada um viera de um lugar diferente. buscando carinho, afago, redenção. se abraçaram e entraram onde escolherem ser o lugar ideal para depositar todas as mágoas.

a garrafa de whisky já estava abaixo da metade. o balde de gelo quase vazio. uma música começou a tocar. the bees trazia recordações a ambos. boas e ruins. como se estivessem em sintonia, os dois se levantaram. passaram a balançar o corpo quase não se aguentando em pé. a cabeça de cada um deles girando para lados contrários. um de frente pro outro, com algumas poucas trocas de olhares. mas compenetrados em uma cumplicidade absurda que ultrapassava a barreira mental, unindo-os em um único pensamento: depois daqui, se reerguer. ouviram ainda mais uma música. velvet underground embalou a saída de ambos para onde quer que fossem. mas, dessa vez, foram juntos. o sabe-se lá o quê que tinham não prestou informação. não deixou nome, nem recado. e nem se sabe se teve solução.

*escrito com Caroline Santos.

quase

agora já falta um dia. falta um dia pra dar um tempo daqui. pra desconectar a mente dos problemas e das problemáticas. pra desviar a atenção das fofocas e fofoqueiros. pra tentar se livrar das dores e das doenças. falta apenas um dia pra partir pra um lugar pelo qual eu me apaixonei perdidamente aos sete anos de idade. pra olhar pela janela da sala de estar e ter em vista outro horizonte: árvores, árvores, mais árvores e céu azul. falta um dia pra ter a companhia de duas das pessoas que mais amo na face da terra para passear, curtir os shoppings, visitar os médicos e rever os familiares. falta um dia, apenas um dia, para que brasília vire minha casa por quinze dias. e pra que eu possa sentir de perto e por completo algo que só tem me vindo aos pedacinhos: felicidade.

Monday, September 12, 2011

blackbird



'blackbird singing in the dead of night,
Take these broken wings and learn to fly.
All your life, you were only waiting for the moment to arise...'

fui na missa sábado passado. o padre falava, no sermão, sobre perdoar. jesus disse que não se deveria perdoar apenas sete vezes, mas setenta vezes sete. sete é um número divino, dizem. sete é o dia do meu aniversário. sete, por muitas vezes foi meu número da sorte. é o dobro de sete o dia da minha viagem. talvez, eu não sei, seja sete o número de vezes que eu já me arrependi profundamente em toda a minha vida. mas, hoje, um dos meus arrependimentos teve um fim. não que eu tenha voltado ao passado e desfeito uma das coisas mais horríveis que eu pude fazer. mas eu pedi perdão. e eu fui perdoado. e, se não fui completamente, pude, pelo menos, oferecer um sorriso e ser retribuído. hoje eu pude desengasgar tantas palavras que estavam na minha garganta. hoje eu pude chorar e colocar pra fora todo o desprezo ridículo que eu já pude dar na minha vida. hoje eu pude dizer a alguém que amava o quanto sentia por não ter podido sequer me despedir. e a coisa mais impressionante de tudo isso foi poder ler que queriam me abraçar naquele momento, para todo o sempre. a coisa mais impressionante foi que eu não precisaria pedir o perdão para tê-lo. porque o que é verdadeiro, pode passar o tempo que for, continua sendo verdadeiro.

esperança

Não me digam que a esperança é a última que morre. Ela é, sim, a primeira que nasce. Porque sem esperança jamais haveria a vida. A esperança de que um passado jamais pode se assemelhar a um futuro. Muito menos que um futuro pode se igualar ao presente ou ao passado. Porque a esperança, aquela que não morre, não há de empalidecer a alma que aí (e aqui) dentro ainda se carrega. Mais vivaz e muito, mas muito mais imponente que qualquer outro sentimento (dos bons e dos ruins) que se pode sentir, a esperança é capaz de transformar o indivíduo naquilo que ele, outrora, não imaginava ser. E, mais importante, a vê-lo exatamente como ele é não e conseguia se enxergar. A esperança, a eterna esperança. Porque a esperança não morre. Ela simplesmente nasce. E é imortal. Jamais a última que morre.

Sunday, September 11, 2011

true colors

eu odeio me fazer de coitado. odeio me sentir um coitado. odeio deixar transparecer qualquer coisa que me faça parecer um coitado. gostaria de poder comprar uma diária de um quarto cheio de objetos quebráveis para jogar no chão, na parede ou em qualquer outro lugar onde eles se despedaçassem. a partir de hoje (e não vou prometer, pois não sei se poderei cumprir) eu continuarei a escrever sobre as coisas da vida, da minha vida. independente de tristes ou felizes. eu continuarei a escrever. escrever. mas, a partir de hoje, eu vou deixar de falar, eu vou deixar de expressar qualquer sentimento o máximo que eu puder. qualquer sentimento, qualquer acontecimento, qualquer ambição que eu possua. partiria para sempre se pudesse. voltaria apenas nas férias. anseio enormemente que isso possa acontecer. recomeçar. hoje a raiva me consome, não como antes, mas me consome. me consome por saber que algumas das pessoas que mais me conhecem na vida, cogitaram, em um momento sequer, a possibilidade de eu estar mais preocupado em fazê-las desistir de um desejo que de estar junto às pessoas que eu amo. não deixei de amar ninguém por isso, não deixei de sentir, por um minuto sequer, que eu fosse menos importante. mas, hoje, definitivamente, eu tento prometer para mim mesmo: apenas escreva. deixe que saibam de você apenas pelas suas palavras escritas. e que assim seja. to deixando a vitrine da vida. vou passar a ser mais transeunte que manequim.

eu tenho um cara de desenho

ao mesmo tempo em que o cansaço, o saco cheio, a revolta e o desentendimento tomam conta de mim, o modo como algumas pessoas tentam me fazer pensar de outra forma é reconfortante. não que elas consigam introduzir esse pensamento na minha mente, mas elas conseguem me fazer sentir melhor por não poder estar com elas. esse é mais um post de homenagem, mas dessa vez sem pedido de desculpas. um pedido, apenas: todas as vezes que me encontrar, me abrace do jeito que me abraçou hoje. enquanto escrevia o post anterior, evitava pensar na tal esperança de que falei outra vez. mas bastou um telefonema, bastou uma mensagem e pronto. e dali cinco minutos, que eu resolvi passar sentado na jardineira em frente à minha casa acalmando-me com o cigarro, ele parou o carro, me olhou nos olhos e me deu o abraço mais apertado do mundo. o abraço que eu, literalmente, precisava naquele momento. e é sempre assim. eu posso ter decepcionado muita gente, posso ter deixado alguns na mão quando precisaram de mim, mas nessas horas, nessas malditas horas em que mais preciso, alguém está ali para estender-me um ombro amigo. hoje, cara de desenho, rodrigo ou, como eu prefiro chamar, rod eu devo a você a fuga e as lágrimas que eu precisava. e, nunca esqueça, meu mundo sem a sua presença não seria tão realista, ou até seria, mas sem essa graça da sua ironia. e sem esse seu jeito de falar curto e grosso comigo que, tenho certeza, muitas vezes só eu entendo. você é o tipo de cara que todos deveriam conhecer, e que todos deveriam ser irmão. mas, preciso garantir a vocês, leitores, morram de inveja porque eu o conheço e o tenho como irmão. obrigado pela companhia, pelas conversas mais francas do mundo (hehe) e pelo abraço mais que necessário que eu precisava essa hora. eu amo você.

Saturday, September 10, 2011

cansaço

sento na frente do computador. começo a digitar algumas poucas palavras. mas aperto o backspace e desisto. aí começo de novo e aqui estamos nós. mas não é que não concorde com o que estava escrito antes. só não sei como dizer. não sei como descrever a sensação que anda permeando meu coração nos últimos dias. ou na mente, sei lá. a cada dia que passa vou sentindo meu eu sendo cerceado a cada momento que passa. clarisse já falou bem sobre isso. ao mesmo tempo em que a inveja alheia e o ódio por ela vão se misturando aqui dentro, a minha válvula de escape começa a ser limitada. precisamos de um horário, a que horas volta, a que horas vem. se sentir pressionado, lesionado na única coisa que vem te mantendo bem nos últimos dias, é como amarrar uma criança na perna da mesa e colocar um doce a uma distância que ela só consiga estender os dedos, mas não consiga alcançar. não sei até quando, não sei quanto tempo, não sei o quanto aguento. me sinto como aquele punhado de areia da praia nas mãos, que se esvai quando a água passa por cima. meu desejo mais sincero não posso escrever aqui. mas queria, definitivamente, que ele acontecesse. ânima, quem sabe. analisar, analisar, analisar. a viagem tá perto, e eu to esperando ansiosamente.

pseudo irmandade

vou repetir, de forma mais grossa, o que disse em um post anterior: a vida alheia interessa MUITO aos outros nessa maldita cidade pequena em que eu moro. preciso fazer mais um desabafo aqui porque, definitivamente, quando essa situação acontece dentro da sua própria casa, realmente você percebe não que a casa caiu, mas quanto material de décima qualidade você utilizou para construí-la. eu vou avisar, logo de cara: cuidado com quem você tem em casa. porque o sorriso e pseudo sinceridade-confiança existem. decepção ronda a gente diariamente (eu que o diga), mas uma atrás da outra as vezes já é demais, não Deus? não quero desejar nada de ruim, não quero exaltar palavras de baixo calão, porque aquele lance de que tudo o que você deseja aos outros volta em dobro pra você é bem verdade. FELIZMENTE eu tenho pessoas maravilhosas ao meu lado. FELIZMENTE eu tenho familiares que me amam de verdade, FELIZMENTE eu tenho amigos que me amam do jeitinho deles, mas que sabem demonstrar isso nos pequenos detalhes. apesar de tudo, apesar de toda a falta de consideração e decepção que tive nesses últimos dois dias, eu ainda tenho esperança. como disse num texto que escrevi anteriormente (e ainda não postei aqui) a esperança não é a última que morre, mas a primeira que nasce. e a que vive eternamente. sem esperança não há vida. e eu posso garantir, com firmeza e propriedade, alguns ainda fazem esse sentimento brotar dentro do meu coração. porque JAMAIS eu vou deixar que a baixaria alheia atinja o meu ego, o meu interior, a minha integridade. isso eu posso garantir: íntegro até o fim. e foda-se os filhos da puta que tentam fazer da vida alheia um inferno. tudo o que você deseja aos outros volta em dobro pra você. então aguarde, meu bem (apesar do que sei que você, a quem dirigo a mensagem, não vai ler isso), a vingança é prato que se come frio. mas não se preocupe, não sou eu quem vai colocá-lo na geladeira. isso você está fazendo por si mesma. ops, espera mais um pouquinho. ainda não tá gelada o suficiente. fica a mensagem pr'aqueles que pensam que alguém pode destruir seus sonhos. nunca esqueçam: seus sonhos são seus, a realização deles depende de vocês. e aqueles que que por acaso cogitam a possibilidade de destruí-los vão apenas sofrer a decepção de vê-los sendo realizados. não precisam mandar tomar naquele lugar. basta dar entender que isso não é capaz de abatê-los. libertem-se das más companhias, das más influências, das provavéis possibilidades de traição. deixem que a inveja se propague perante eles. porque é aí que está o grande segredo: fazer com que tudo se volte contra eles mesmos.


Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem.
Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja a nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!
(...)
Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
(...)
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!

Thursday, September 08, 2011

ego, egoísta, egocêntrico

tem aquele dia em que você fica esperando ansiosamente que acabe. tem alguns desses dias que você até queria que começasse, mas depois que começa você só quer que termine. se você não dormir querido (e só dormir) pode ter certeza que essas vinte e quatro horas não passarão tão rápido. preciso acordar desse meu sonho eterno e fixar um mantra na minha mente: não devo esperar dos outros o que faço por eles. até porque eu faço com prazer. faço porque gosto, faço porque sei fazer, e faço porque não sou altruísta: fazer brotar um sorriso no rosto de alguém é inerente a fazer um sorriso brotar no meu rosto. gosto da felicidade alheia, gosto de agradar, gosto de gostar. e esse sou eu. não é para que gostem de mim. não quero ser o mais querido de todos, o mais amado de todos, o mais amigo de todos, muito menos o melhor de todos. mas tem aquele dia, sabe? aquele dia que você fica esperando ansiosamente que acabe. e tem alguns desses dias que você até queria que começasse, mas depois que começa você só quer que termine. você esperou, desistiu, retomou a idéia, recebeu, foi presenteado, parabenizado, declarou-se, chorou, presenteou. mas faltou alguma coisa. faltou a surpresa. quanto a mim, bem, eu continuarei surpreendendo (sem falsa modéstia). esse sou eu né?

Wednesday, September 07, 2011

para que os ausentes saibam (e que os presentes lembrem)

Sim. Mais uma vez eu invento essa história de fazer discurso no meu aniversário. É minha forma de chamar a atenção, né? A escrita... Mas, ao contrário de algumas outras vezes, hoje eu não sei bem o que dizer. Escrevo isso imaginando milhões de coisas que acabo não conseguindo colocar no papel.

Nos últimos cinco anos o dia sete de setembro se tornou algo homérico. Aniversário do Artur chegando era sinônimo de uma grande festa, de uma grande comemoração, de muita música, muita bebida, muita diversão e, sempre, alguma confusão para dar aquela incrementada.

Hoje estamos aqui. Em tão poucos quanto comparados aos últimos cinco anos. Volto a repetir o que disse ano passado: alguns vão, alguns vêm, alguns permanecem. Eu quero fazer um discurso pra falar que essa festa é pra vocês, meus amigos, minha família. Minha comemoração hoje não se resume apenas a estar vivo e completar mais uma volta ao redor do sol, mas em ter certeza da presença de vocês comigo. Cada um com seu lugarzinho especial, cada um com sua qualidade especial, cada um com seu defeito especial.

Talvez eu tenha cometido muitos erros, mas sei que hoje devo pensar nos acertos. Também se faz necessário um pedido de desculpas. Desculpas por ter feito alguns sofrerem, desculpas por ter causado algumas dores, desculpas por ainda não ter dado as devidas explicações a quem preciso, desculpas pelos esquecimentos e pelos bolos que dei em alguns.

Muitas coisas aconteceram nesses últimos meses. Muitas mudanças, muitas transformações. Talvez para melhor, talvez para pior. Mas... Isso nunca se sabe não é? A dúvida, essa incerteza da vida, é o que nos surpreende a cada dia. A busca, a insatisfação que nos move para que busquemos sempre o melhor dentro de nós e para nós.

Infelizmente alguns não puderam estar presentes. A distância aumenta o amor, mas diminui a presença física. Mas, de qualquer forma me sinto querido dentro de cada um que está (e que não está) aqui hoje.

Pra finalizar quero fazer um agradecimento muito mais que especial pro sangue que corre em minhas veias. Pra todos esses que estiveram tão perto de mim nos últimos tempos, e de quem eu fiquei tão longe em alguns momentos. Agradeço pela paciência, pela compreensão, pelo cuidado e, principalmente, por esse amor condicional que vocês sentem e me fazem sentir por vocês, meus amores, minha família.

vem do coração

o dia hoje nasceu cinzento. apesar do céu azul que começava a se mostrar pela janela do meu quarto. tem fumaça por toda a cidade. não se sabe de onde, mas nunca é de lugar nenhum. porque querem culpar, mas ninguém quer ser culpado. o trabalho foi como de costume, também. na verdade criei expectativas que poderia sair mais cedo, e na verdade precisei sair depois do horário. mas ainda deu tempo de comprar algumas coisas que precisava. hoje poderia ser um dia qualquer. e, na verdade, pode ser pra você um dia qualquer. mas é meu aniversário.

hoje é meu aniversário e eu passo a vivenciar os meus vinte e três anos. eu não fiz convite personalizado, não fiz festa exuberante, muito menos extravasei nos comes e bebes. hoje é meu aniversário e eu fiz o que, no atual momento, considerei o melhor a se fazer. não que fosse, que seja, que será. mas chorei, sorri e sabe-se lá quantas emoções eu senti. na verdade, mesmo que eu saiba que a maioria não vai ler isso, eu queria mesmo era agradecer por cada pedacinho desses que vocês me permitem ter no coração de vocês. um sincero, um grande e um mais que agradável abraço e beijo para todos. obrigado por esse cadinho de sorriso que cada um soube fazer esse rosto aqui expressar. eu amo vocês.

[e espero que tenham gostado da lembrancinha]

Thursday, September 01, 2011

pra um irmão

as vezes a gente esquece mesmo. esquece uma caneta, esquece uma camisa, esquece de colocar o relógio, de comprar pilha pro controle remoto, esquece de colocar gasolina no carro, esquece de levar o carro pra revisão, esquece de levar aquele papel pro trabalho, esquece de entregar os filmes na locadora, esquece de apagar a luz, de jogar a roupa dentro do cesto, de fechar a tampa do tubo de pasta de dente, enfim, esquece de muita coisa. mas quando a consequência desse esquecimento atinge somente você, tudo bem. não, nem sempre é tudo bem. mas comparado ao fato de você esquecer de ligar para um de seus melhores amigos no dia do aniversário dele, todo esse esquecimento é, sim, tudo bem. não consegui ligar pra ouvir a voz dele, pedir desculpas em seguida, e ouvir toda aquela educação e calmaria que só ele tem dizendo tudo bem cara, relaxa. ou mesmo um puta que pariu, bixo! valeu aí por ter esquecido meu aniversário!. De qualquer uma das formas eu me sentiria mal. Porque se sou importante para ele como tenho certeza que sou, em caso contrário eu ficaria chateado. com raiva não, mas entristecido. E não tem desculpas, não tem motivo, não tem qualquer outra explicação, muito menos qualquer coisa que seja plausível. Só quero deixar bem claro, publicamente, que errei, que sinto culpa, mas que, em nenhum de qualquer desses momentos desde que te conheci eu deixei de te amar e te ter como meu irmão. você, chorão, cidão, santiago, santi, irmão e todos os outros pseudônimos pelos quais já te chamei, mora no fundo do meu coração. tem um lugar especial aqui guardado, sempre. você me conhece e deve imaginar o quanto eu sinto, e o quanto estou me sentindo mal, em não ter feito uma sequer ligação no último sábado. por ter simplesmente passado 24 horas sem ter dado pelo menos um parabéns. mas, se isso ajuda em algo, quero que você saiba que quando me pedem pra pensar em quem são meus amigos, você é um daqueles que sempre esteve lá. e eternamente estará. independentemente da saudade e de qualquer coisa que nos mantenha um mínimo distantes um do outro. eu amo você.