(foto: Thiago Machado)
Eu gastei muito tempo pensando. Sempre busquei evitar problemas, mas, desde que me entendo por gente, tenho o péssimo hábito de grudar neles quando aparecem para que não larguem de mim nunca mais. Ou tinha. É que um dia eu estava calmamente trocando ideias com um amigo na mesa de um café. Estávamos sentados do lado de fora, ambos com uma xícara de chocolate quente nas mãos para enfrentar aquele tempinho agradabilíssimo de Curitiba. Mais uma vez eu falava sobre os meus problemas, sobre o quanto eles tomavam parte de mim e ocupavam minha cabeça que deveria estar preocupada com outras coisas. Disse-lhe que enquanto eu perdia meu tempo com eles, acabava perdendo tantas outras coisas que passavam do meu lado e eu não percebia. Ele me interrompeu ali mesmo. Disse que talvez eu estivesse vendo as coisas pelo ângulo errado. Eu apenas olhava para os problemas e não para o que eles podiam me trazer de positivo:
-
Não é para as coisas que estão acontecendo ao redor dos problemas que
você tem que dar valor. É pros próprios problemas. - Ele olhou para o
outro lado da rua, apontou o dedo e pediu que eu observasse uma árvore
que lá se encontrava – Tá vendo aquela árvore ali? Olha o frio que tá e
olha como ela está bonita. Quando você tiver qualquer problema pra
resolver, pensa logo que maior que ele vai ser a lição que você vai
tirar. Leva esse ensinamento pra sua vida: Todas as cerejeiras de
Curitiba florescem no inverno.
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