Não quero que leiam, que releiam ou façam seus meus versos, minhas palavras, meus sonhos impossíveis transformados em pequenas nuvens negras sobrevoando os céus de tantos corações. Não me convidaram a participar do baile de máscaras, porque não poderiam encarar minha própria sinceridade prostrada nos olhos. Baile de máscaras, ta bom. Essa vida sim. Essa vida medíocre que me convida a dançar é um verdadeiro baile de máscaras. Tantos quantos se desfazem em lágrimas depois de passar pasta de dente sob os olhos. E pra quê? Para que se tenha pena. Prefiro minha sinceridade por baixo dessa máscara estúpida que me chamam de face. Não tenho face, nem corpo, nem alma. Sou aquilo que ninguém vê. E não me interessa se são homens, mulheres ou crianças. Piedade não se carrega no nome. Se carrega no ser. E eu não sou. Não carrego nem faço questão de querer. Não tenho piedade. Nem de mim sobra nada a se ter.
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