Minhas mãos não me pertencem mais. Pertencem a todas as outras mãos que segurei depois que você as soltou sem piedade nenhuma. Mas não queria sua piedade. Queria seu amor, sua dedicação, a plenitude de um afago em meus cabelos loiros. E você soltou minhas mãos na beira desse penhasco, quando eu mais precisava ser reerguida.
Minha boca não me pertence mais. Pertence a todas as outras bocas com as quais a toquei depois que me beijastes pela última vez. Sem remorso, sem peso na consciência. Só com dor. Minha boca já não chama seu nome, já não sabe mais o seu nome, ela sequer lembra o sabor que sua língua tinha quando a penetrava fervorosamente.
Minha vagina não me pertence mais. Pertence aos outros. A todos os outros com os quais dormi depois que você saiu porta afora e não voltou mais. A todos os corpos a que me entreguei quando percebi que a chance da sua volta não era nada mais que uma estúpida desesperança minha.
Minha alma não me pertence mais. Pertence a tudo aquilo em que acreditava antes de você partir. A única coisa que ainda me pertence são as lágrimas que você fez brotar quando olhou profundamente em meus olhos e disse que não me amava mais.
Minha boca não me pertence mais. Pertence a todas as outras bocas com as quais a toquei depois que me beijastes pela última vez. Sem remorso, sem peso na consciência. Só com dor. Minha boca já não chama seu nome, já não sabe mais o seu nome, ela sequer lembra o sabor que sua língua tinha quando a penetrava fervorosamente.
Minha vagina não me pertence mais. Pertence aos outros. A todos os outros com os quais dormi depois que você saiu porta afora e não voltou mais. A todos os corpos a que me entreguei quando percebi que a chance da sua volta não era nada mais que uma estúpida desesperança minha.
Minha alma não me pertence mais. Pertence a tudo aquilo em que acreditava antes de você partir. A única coisa que ainda me pertence são as lágrimas que você fez brotar quando olhou profundamente em meus olhos e disse que não me amava mais.
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