Friday, November 09, 2007

Vitrines

Passava todos os dias por aquela rua.
Olhava de um lado para o outro, encantada.
Seus olhos brilhavam para cada objeto novo que via.
Porque sabia de cor o que era velho e o que era novo.

Sorria para um ou outro vendedor.
Principalmente aqueles que ajeitavam os manequins.
E deliciava-se ao som de bonecas falantes,
cujos sons se repetiam por toda a rua.

Não comprava nada, só desejava.
E, pra ela, não havia nada melhor que o desejo:
Preferia não ter e querer pra sempre,
do que ter e não querer mais.

3 comments:

Suellen Verçosa said...

É sempre estranho o desejo!

Se desejo, quero posssuir...
Se o tenho já não o desejo mais, ele já não faz mais parte dos meus objetivos...já nem sequer é o preferido...

Estranha a vida né?
Estamos sempre em busca de mais e mais...e não olhamos os que eram desejos e que hoje já o temos conosco...

Amei o que escreveu...
Realmente leva a reflexão!

Bjusssssssss (moço pequeno demais pra fumar)...rsrs...vc é bom de apertar!

=D

Unknown said...

Menino, nem falei contigo direto hoje lá na Ufac..
Eu ando mesmo é abestada, desse jeito bem acreano que a gente conhece.
Beijos

Veriana Ribeiro said...

Preferia não ter e querer pra sempre,
do que ter e não querer mais.

Amei isso! JUro por Deus.

Bom, eu queria fazer uma continuação do poema, bem legal, do jeito q vc fez no meu blog. Mas nada supera esse final. vou acabar é estragando o q tu escreveu, então decidi apenas dizer o quanto eu gostei.

Te adoro meu "marido" XDD e como semrpe vc escreve muito bem. Beijinhos!