Friday, November 09, 2007

Já havia sido Luís e Fernando, ou os dois ao mesmo tempo. Mas cansara daqueles nomes e ficou como Lucas. Ainda quis se chamar Augusto dos Anjos, mas já era nome de poeta e não tinha graça. Se bem que era poeta, mas, se por isso fosse, que o chamassem de Vinícius. Um dia perdeu-se em meio a tantos nomes. Confundiu-se e não sabia mais quem era. Seus dias foram chegando ao fim e ele sabia que não aguentaria muito tempo. Decidiu que precisava se encontrar. Pelo menos uma última vez precisava de um nome. Queria coragem, força, braveza. Queria nome de rei, para morrer dignamente. E foi escrito Artur em sua lápide. Era assim que todos lembravam dele.

1 comment:

Veriana Ribeiro said...

E apesar de todos os nomes.
Nomes de reis e plebeus, vilões e herois, ele era apenas ele.
Sem nome, continuaria sendo a mesma pessoa.
E que mudassem todos os nomes do mundo.
Ele continuaria igual.