sinto falta das palavras. elas parecem ter ido embora sem ao menos dizer adeus. sento, olho, escrevo algumas poucas coisas sem sentido. apago. e nada. e tudo some. e fica tudo sem sentido mais uma vez. são as palavras, ou estou mesmo sem sentido? o que é o sentido? cadê as palavras? aliás, onde estão minhas leituras habituais? minha estante pesa, se sobrecarrega com o peso daqueles vinte, trinta títulos expostos, sujos de poeira, e sem uma página amassada. tanto tempo. e alguns duravam apenas três dias. tudo é tempo. preciso de tempo. eu tenho tempo. e cadê meu tempo? preciso achar. preciso achar de novo. preciso me achar de novo. talvez quem se perdeu foi eu.
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