Thursday, May 10, 2012

au

Eu não pedi pra ver, porque já aprendi bem que quem procura acha. Um quê de malícia, troca de farpas, de olhares, de, talvez, bobagens no ambiente. E o caminhar inocente de um cachorro até o poste sempre utilizado para suas necessidades. Foi aquele pobre cachorro que me chamou atenção. Andava em passos firmes, cabeça erguida, orelhas em pé. Tem pedigree pensei. Seguia calmamente o caminho até parar abruptamente, olhando fixo para seu destino - ê, lelê. A cadelinha outrora sua passeava de rabo encostado com outro cão. Percebi suas patinhas bambas. E, logo em seguida, uma delas curvar e fazê-lo cair no chão. Os dois cruzaram com o pobre cachorro e um único au foi o que ele ouviu da cadelinha. Todas as vezes que fui àquele lugar, inclusive hoje foi um deles, eu vejo o pobre cachorrinho deitado na calçada, com a patinha ainda manca. Ninguém tratou de consertar.

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