Eu não pedi pra ver, porque já aprendi bem que quem procura acha. Um quê de malícia, troca de farpas, de olhares, de, talvez, bobagens no ambiente. E o caminhar inocente de um cachorro até o poste sempre utilizado para suas necessidades. Foi aquele pobre cachorro que me chamou atenção. Andava em passos firmes, cabeça erguida, orelhas em pé. Tem pedigree pensei. Seguia calmamente o caminho até parar abruptamente, olhando fixo para seu destino - ê, lelê. A cadelinha outrora sua passeava de rabo encostado com outro cão. Percebi suas patinhas bambas. E, logo em seguida, uma delas curvar e fazê-lo cair no chão. Os dois cruzaram com o pobre cachorro e um único au foi o que ele ouviu da cadelinha. Todas as vezes que fui àquele lugar, inclusive hoje foi um deles, eu vejo o pobre cachorrinho deitado na calçada, com a patinha ainda manca. Ninguém tratou de consertar.