As pessoas reclamam por estarem apaixonadas. Não gostam, acham tosco, fora do normal. Hã? Estar apaixonado é uma das melhores coisas da vida. Por menos correspondido que seja. Estar apaixonado faz bem, faz o coração bater mais forte, faz o corpo pedir pra ser mais cuidado que o normal. A paixão te invoca a fazer loucuras, que você não faria são, apesar de querer ao tempo todo fazer. A paixão te deixa bêbado sem álcool. Te deixa como dopado de uma droga que nem você conseguiria descrever exatamente como é. Seu corpo todo estremece, por vezes, quando não resolve simplesmente desfalecer. Você escuta a voz e é como se a sua música preferida estivesse simplesmente encantando todos ao redor. Você sente um simples toque, até sem querer, e é como se o resto do mundo sumisse da sua frente. Estar apaixonado é muito mais que mandar flores ou se declarar publicamente. Estar apaixonado envolve muito mais o sentir-se bem que o sofrer por quem não está ao lado. Precisar saber onde o outro está o tempo todo não é amor, tampouco paixão. Isso é doença. Paixão é estar disposto mesmo quando não se está. É sorrir, mesmo quando se está a ponto de chorar. Estar apaixonado é ver o pôr-do-sol mais colorido do que ele já é. É não ver apenas um azul, mas um azul turquesa, um azul claro, um azul escuro, um azul-oceano dentre tantos outros que existirem por aí. Porque até isso a paixão faz: consegue te fazer enxergar até coisas que não existem ali, a olho nu. Estar apaixonado não é sofrer, mesmo que por vezes isso aconteça. Estar apaixonado é ver em cada amanhã uma nova possibilidade de vários ‘ontens’ ainda acontecerem. Apaixonar-se está muito mais além do que simplesmente esperar uma ligação ou uma mensagem. Apaixonar-se tem mais a ver com o egoísmo de sentir-se mais feliz que qualquer outra pessoa do mundo. Mesmo que não tenha motivo para isso.