as palavras me escapam a toda hora. elas vem num momento em que não tenho a possibilidade de dizê-las ou mantê-las presentes. no caminho em que dirijo, enquanto atravesso a rua, quando olho uma vitrine. e vem bonitas, charmosas, cheias de encantos que outrora eu até poderia pensar não serem meus. mas aí somem. e quando tenho a chance de eternizá-las elas não vem de jeito nenhum. ultimamente acredito que elas não fazem questão de manter-se comigo. abandonam-me. me deixam em um canto qualquer de sua imensidão, onde só se pode encontrar as mesmas, as mesmas, as mesmas. e me repito, vou sempre me repetindo. tento transformar o vácuo literário em um redemoinho de emoções e pensamentos e não me sobra nada. nada. o nada que me acompanha. tem coisas que te pegam de surpresa e te deixam sem palavras. tem situações que acontecem e te deixam sem palavras. tem dias que passam e te deixam sem palavras. coisa meio que anormal pra mim, pois teria um mundo de vocábulos a despejar, no mais sincero dos agradecimentos. hoje? hoje anormal é eu conseguir corresponder às expectativas daqueles que conhecem meu ‘dom’. peço de presente de natal, meu presente do papai-noel, que eu volte a escrever como antes. não precisa ser melhor, basta que eu consiga escrever novamente.
1 comment:
Anda com papel e caneta no bolso. Ultimamente, a "inspiração" vêm quando eu menos espero, e sempre me pega desprevenido. Às vezes, dá vontade de riscar o chão, só para aquele pensamento não fugir sem ser registrado em algum canto.
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