Ela me ligou. Contou da vida, o que fazia, pra onde ia, como estava se sentindo. Falou do novo relacionamento, de como ele é legal, amoroso e prestativo. Citou algumas situações familiares engraçadas, daquelas que são ditas seguidas de muitas gargalhadas. Brincou com a quantidade de calorias que eu andava ingerindo nos últimos dias. Aconselhou-me a procurar alguma academia e voltar a praticar exercícios. Disse, também, que ia viajar no feriado. Aliás, pretendia. A situação financeira não estava lá essas coisas, ela desabafou. Disse que lá no trabalho as coisas estavam melhorando, mas o salário ainda estava na expectativa de aumento desde sabe-se lá quando. Perguntou do novo livro que eu estava escrevendo. Reclamou por só saber do livro porque alguém comentara. Se desculpou por não ter ligado no aniversário. Cabeça avoada como sempre, ela confessou. Me desejou sorte, sabe que eu sou capaz. Comentou sobre a briga de um casal de amigos. Confidenciou uns acontecimentos recentes. Confiou em mim para desabafar. Desejou felicitações pelo aniversário do meu afilhado. Mas cansou de ouvir, cansou de falar. Já deu, ela disse. Despediu-se. Mandou beijo e um até logo e desligou. Eu liguei de novo. Esqueci de dizer antes. Eu te amo, não esquece, eu disse. Ela disse que também. Sempre mais.
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