eu odeio me fazer de coitado. odeio me sentir um coitado. odeio deixar transparecer qualquer coisa que me faça parecer um coitado. gostaria de poder comprar uma diária de um quarto cheio de objetos quebráveis para jogar no chão, na parede ou em qualquer outro lugar onde eles se despedaçassem. a partir de hoje (e não vou prometer, pois não sei se poderei cumprir) eu continuarei a escrever sobre as coisas da vida, da minha vida. independente de tristes ou felizes. eu continuarei a escrever. escrever. mas, a partir de hoje, eu vou deixar de falar, eu vou deixar de expressar qualquer sentimento o máximo que eu puder. qualquer sentimento, qualquer acontecimento, qualquer ambição que eu possua. partiria para sempre se pudesse. voltaria apenas nas férias. anseio enormemente que isso possa acontecer. recomeçar. hoje a raiva me consome, não como antes, mas me consome. me consome por saber que algumas das pessoas que mais me conhecem na vida, cogitaram, em um momento sequer, a possibilidade de eu estar mais preocupado em fazê-las desistir de um desejo que de estar junto às pessoas que eu amo. não deixei de amar ninguém por isso, não deixei de sentir, por um minuto sequer, que eu fosse menos importante. mas, hoje, definitivamente, eu tento prometer para mim mesmo: apenas escreva. deixe que saibam de você apenas pelas suas palavras escritas. e que assim seja. to deixando a vitrine da vida. vou passar a ser mais transeunte que manequim.
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