Era uma terça-feira, daquelas que não é feriado, mas poderia ser. Aliás, para Mariana era feriado. Aliás, feriado era como ela chamava. Na realidade era folga do trabalho. Sua chefe a tinha liberado para que ela fosse ao centro da cidade procurar tecidos, o que causou uma certa indignação das suas colegas de trabalho, não fosse pelo simples fato que ela queria fazer seu vestido de noiva. Coisa mais linda, pensava ela, quero meu vestido simples mas de bom gosto. E ela tinha bom gosto. A Tecidos Cuiabá e a Casa Natal eram as duas lojas onde ela poderia conseguir algo. Mas na realidade estava pensando em ir até Goiânia, ou São Paulo, ou bem ali em Porto Velho, para ver se achava algo mais moderno, mais barato, e do jeito que imaginava. Por enquanto restavam as lojas de sua cidade. E ela tinha preconceito com elas. Aliás, Mariana tinha preconceito com quase tudo que tivesse a ver com sua cidade, Rio Branco. Suas opiniões a respeito daquele lugar nem deveriam ser levadas em consideração se alguém pedisse informações: Eu odeio esse lugar, diria ela.
Rio Branco, na verdade, era a capital de um estado que, como muitos dizem, lutou para ser brasileiro. Na realidade, como muitos outros dizem, não foi bem assim. No meio da história rolou algo sobre dois milhões de libras esterlinas, construção de estrada de ferro e límitrofes territoriais. Mas isso não importa. Já era ano 2000 e alguma coisa e o que se importa dizer é que a cidade tinha crescido bastante. Os pontos turísticos na cidade não era lá essas coisas, mas, sim, era bonito de se ver. Muitos deles tinham relação com o passado, com a história do estado. Raros eram aqueles monumentos recentes, construídos ali no meio de uma praça ou no meio da mata. De uma certa forma, era caótico morar ali. De diversão algumas poucas casas noturnas, uns barzinhos, uns botecos, e alguns restaurantes. Um cinema meio que caindo aos pedaços, um shopping que há anos se arrastava para ser construído. E quando Mariana dizia que odiava o lugar, era, nada mais nada menos, isso que a incomodava: diversão. Não era tão caseira como alguns achavam. Na realidade eram as opções escassas que a deixavam em casa. Pub? E o povo sabe o que é Pub? dizia quando mais um barzinho aderia a essa categoria.
Naquela terça-feira a ansiedade tomava conta dela. Se achasse ao menos o tecido para fazer o véu já ficaria feliz. A amiga, Amanda, estava lá como sempre, ao lado dela. Era amiga para todas as horas, para a alegria e a tristeza. Para Amanda definitivamente aquela terça-feira não era feriado. Muito menos folga. Estava com o ponto do trabalho cortado por falta mesmo. Mas era amiga, oras. E amiga pra todas as horas. Seria, claro, a madrinha. E, como toda madrinha que se preze, seus serviços começavam antes de assinar aqueles papéis como testemunha da união dos pombinhos. Mariana nutria um amor por Amanda tão forte que, por dentro, pensava que tinham sido feitas uma para a outra. Pena que não era lésbica. E, bom, graças que Amanda não era lésbica também. Se sentia prazer com tantos homens, imagine como seria sua vida fazendo sexo com aquelas que sabem melhor onde dar prazer a uma mulher. No seu mais ínfimo pensava mesmo é que deveria casar com Amanda e não com Vinícius.
[quem se dispor a colaborar comigo, estou de olhos abertos para ler as sugestões de como prosseguir, ok?]
Rio Branco, na verdade, era a capital de um estado que, como muitos dizem, lutou para ser brasileiro. Na realidade, como muitos outros dizem, não foi bem assim. No meio da história rolou algo sobre dois milhões de libras esterlinas, construção de estrada de ferro e límitrofes territoriais. Mas isso não importa. Já era ano 2000 e alguma coisa e o que se importa dizer é que a cidade tinha crescido bastante. Os pontos turísticos na cidade não era lá essas coisas, mas, sim, era bonito de se ver. Muitos deles tinham relação com o passado, com a história do estado. Raros eram aqueles monumentos recentes, construídos ali no meio de uma praça ou no meio da mata. De uma certa forma, era caótico morar ali. De diversão algumas poucas casas noturnas, uns barzinhos, uns botecos, e alguns restaurantes. Um cinema meio que caindo aos pedaços, um shopping que há anos se arrastava para ser construído. E quando Mariana dizia que odiava o lugar, era, nada mais nada menos, isso que a incomodava: diversão. Não era tão caseira como alguns achavam. Na realidade eram as opções escassas que a deixavam em casa. Pub? E o povo sabe o que é Pub? dizia quando mais um barzinho aderia a essa categoria.
Naquela terça-feira a ansiedade tomava conta dela. Se achasse ao menos o tecido para fazer o véu já ficaria feliz. A amiga, Amanda, estava lá como sempre, ao lado dela. Era amiga para todas as horas, para a alegria e a tristeza. Para Amanda definitivamente aquela terça-feira não era feriado. Muito menos folga. Estava com o ponto do trabalho cortado por falta mesmo. Mas era amiga, oras. E amiga pra todas as horas. Seria, claro, a madrinha. E, como toda madrinha que se preze, seus serviços começavam antes de assinar aqueles papéis como testemunha da união dos pombinhos. Mariana nutria um amor por Amanda tão forte que, por dentro, pensava que tinham sido feitas uma para a outra. Pena que não era lésbica. E, bom, graças que Amanda não era lésbica também. Se sentia prazer com tantos homens, imagine como seria sua vida fazendo sexo com aquelas que sabem melhor onde dar prazer a uma mulher. No seu mais ínfimo pensava mesmo é que deveria casar com Amanda e não com Vinícius.
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