Thursday, October 30, 2008

acima de qualquer coisa

o melhor da vida, além de viver, é ter pessoas com quem contar ao seu lado. dar as mãos ouvindo que os laços não se soltam jamais. que tudo será enfrentado junto, ali, ao lado. quando precisar. amor incondicional. além do sangue. além de qualquer outra coisa. apoio. agradecimentos são poucos. o mínimo é aquele velho obrigado. que já diz muita coisa. maior (não) abandonado. com os pés no chão. cabeça, de vez em quando nas nuvens. e agora felicidade quase que completa. ao se sentir cada diz mais livre. liberdade.

Wednesday, October 29, 2008

do burrico II

O burrico, talvez até tarde demais, decidiu percorrer o caminho da mata fechada. Percebeu que, por mais que conhecesse o outro caminho a ser seguido, era mais interessante arriscar-se. Ali poderia descobrir coisas novas, n'um mundo que nunca havia sido o seu. Lembrou-se de quanto sonhou com o que estaria por trás daquelas árvores, olhando através da cerca fechada. E decidiu. Estava à risco de se arrepender, mas seu pensamento evocava aquilo que tornou-se clichê em bocas transgressoras: arrependeria por ter seguido, mas pensava que seria pior se arrepender de não ter ido. Sumiu. Aqueles muitos que o olhavam não sabem o que aconteceu. Não sabem se ele está bem, se não está, se ainda vive ou se morreu.

mas eu sei que um dia a gente aprende

'...se você quiser alguém em quem confiar
confie em si mesmo
quem acredita sempre alcança...'


mais uma vez - renato russo

Tuesday, October 28, 2008

desiderata

para quem não quiser ler, a versão declamada:


siga placidamente por entre o ruído e a pressa e lembre-se da paz que pode haver no silêncio. tanto quanto possível, sem sacrificar seus princípios, conviva bem com todas as pessoas. diga sua verdade serena e claramente e ouça os outros, mesmo os estúpidos e ignorantes, pois eles também têm sua história. evite pessoas vulgares e agressivas, elas atentam contra o espírito. se você se comparar com os outros, pode se tornar vaidoso ou amargo, porque sempre existirão pessoas piores ou melhores que você. usufrua suas conquistas, assim como seus planos. mantenha o interesse pela sua profissão, por mais humilde que seja. ela é um bem verdadeiro na sorte incostante dos tempos. tenha cautela em seus negócios, pois o mundo está cheio de traições. mas não deixe isso cegar você para a virtude que existe. muitos lutam por ideais nobres e por toda a parte a vida está cheia de heroísmo. seja você mesmo. sobretudo, não finja afeições. não seja cínico sobre o amor, porque, apesar de toda aridez e desencanto, ele é tão perene quanto a relva. aceite com brandura a lição dos anos, abrindo mão de bom grado das coisas da juventude. alimente a força do espírito para ter proteção em um súbito infortúnio. mas não se torture com fantasias. muitos medos nascem da solidão e do cansaço. adote uma disciplina sadia, mas não seja exigente demais. você é filho do universo, assim como as árvores e as estrelas: você tem o direito de estar aqui. e mesmo que não lhe pareça claro, o universo, com certeza, está evoluindo como deveria. portanto esteja em paz com deus, não importa como você o conceba. e, quaisquer que sejam suas lutas e aspirações no ruidoso tumulto da vida, mantenha a paz em sua alma. apesar de todas as falsidades, maldades e sonhos desfeitos, este ainda é um belo mundo.

alegre-se.
lute pela sua felicidade.

max erhmann

a gente é maior que qualquer razão

quem vai te abraçar?
quem vai te socorrer?
quando chover,
e acabar a luz,
pra quem você vai correr?

quem, além de você? - leoni

Wednesday, October 22, 2008

tudo não passa de um estranho sonho, onde os ventiladores estão ligados e tem merda rolando por todo lado.

vai um beliscão aí?

conselho dado não se olha os dentes

Já segui a filosofia de que ninguém tem nada a ver com a sua vida, da mesma forma que alguns meses depois cheguei à conclusão de que, sim, as pessoas têm a ver com sua vida. Não porque elas mereçam ou seja necessário que tenham algo a ver, mas porque o mundo em que vivemos é assim. Tem sempre alguém olhando pra você.

De repente, então, as coisas mudam novamente, e você se depara com aquele pensamento de: se ninguém paga minhas contas, ninguém tem nada a ver com isso. Mas como? A culpa se mistura àqueles sentimentos de receio, pecado, erro e pensamentos alheios. E você deve sobreviver. Se não, meu amigo, a coisa fode pra você.

Erguer a cabeça, olhar e pisar firme é tão difícil quanto subir n’uma bicicleta (sem rodinhas) pela primeira vez e sair pedalando. Os olhares que outrora nem se viravam para você, de repente te olham de canto, analíticos, julgando cada passo e movimento seu. É o preço, tão alto, de transgredir certas coisas.

O grande lance, cara, é você não dar a mínima. Ninguém se importa, fazem de conta que querem o seu melhor, entende? Importe-se você com você mesmo. E só. O que eles te falam, deixe que falem. Escuta aquilo que fará você crescer. O que te faz regredir deixa para trás que ninguém deve se prender a isso.

E, afinal, quem tiver que estar ao leu lado, irmão, vai estar. A hora que for, para o que for, independente de qualquer outra coisa. Mesmo que esteja longe, porque, afinal, não é necessário que se esteja junto para estar por perto.

Monday, October 20, 2008

do burrico I

Depois de percorrer quilômetros de capim verde, o burrico pára. De longe muitos não entendem por quê, se ia tão feliz e saltitante por todo o caminho. De longe muitos não conseguem ver o quê o burrico encontrou no meio de seu caminho. De longe, para muitos, o capim é sempre verde e apetitoso. Mas para o burrico não. O burrico chegou em uma encruzilhada. De repente uma escolha deve ser feita: por aqui ou por ali? É que o burrico chegou no local onde o caminho se divide: há uma porteira para o curral, com um estribo quentinho e água gelada esperando por ele; e há uma porteira para a mata fechada, da qual ele não conhece nada. O burrico fica ali parado, sem saber o que fazer, com um ponto de interrogação flutuando feito uma nuvem cinza sobre a sua cabeça.

Friday, October 10, 2008

desde criança

Sempre recebi essas coisas e sempre respondi. Não por achar que seja a coisa mais legal do mundo e que todos devam saber as coisas que você gosta, mas porque acho interessante as viajadas que se dá quando ficamos pensando no que responder. Talvez nunca tenha usado o espaço deste blog para esse tipo de compartilhamento, mas, bem, segue aí. ;) Obs.: Culpa da Giselle

*Quatro trabalhos que tive em minha vida:
Emprego mesmo só um, com carteira assinada e tudo, em uma loja de projetados. Estágio é trabalho? É né?! Então foram dois: assessoria jurídica da EMURB e assessoria de imprensa da Fundação Elias Mansour. Trabalho voluntário também? Ok! Fui membro do Núcleo de comunicação do Catraia. Yes! Deu quatro.

* Quatro lugares em que vivi:
Em 20 anos nunca mudei de cidade nem de casa.

* Quatro Programas de tv que assistia quando criança:
As Aventuras de Tim-Tim, Castelo Ra-Tim-Bum, X-Tudo e Cavaleiros do Zodíaco.

* Quatro programas de tv que assisto:
Bom, eu quase não assisto TV mais, mas quando dá eu assisto as novelas da globo, Fantástico e seriados na SKY. (Não tem mais MTV mesmo )

* Quatro lugares em que estive e voltaria:
Brasília, Fortaleza, Dourados e São Paulo.

* Quatro formas diferente que me chamam:
Tuzi, Tutu, Tuti e Bola

* Quatro pessoas que te mandam correios quase todos os dias:
Minha mãe, Rose (minha chefe), e minhas duas irmãs.

* Quatro comidas favoritas:
Faço que nem a Giselle: “Pô, só quatro?”. Estrogonofe, Lasanha, Macarronada e Churrasco.

* Quatro lugares em que gostaria de estar agora:
Brasília, São Paulo, Florianópolis ou Caribe!

* Quatro coisas que espero que esse ano eu possa:
Vamos de coisas simples e significativas, já que faltam apenas pouco mais de dois meses pro ano acabar, e as coisas materiais podem não chegar: rir mais, chorar mais, brincar mais e ... bem, deixa a última pra lá. ;x

* Quatro amigos para responder:
Toma esse pepino pra ti: Thalyta, Clara, Victor e Kaline.

Thursday, October 02, 2008

mais que mil palavras

Aprendeu a dizer com os olhos aquilo que não conseguia expressar pelos lábios. Descobrira, assim, que não precisava falar ou conversar sempre: bastava um olhar para que seus pensamentos se desdobrassem em sentimentos entendidos pelos outros. Seus sorrisos, lágrimas, desespero, saudade, estavam todos ali, expressos naqueles olhos castanhos, meio pequenos e meio grandes, cobertos por uma vasta sobrancelha.